A construção da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte tem dividido a opinião pública, pois trará
benefícios e prejuízos para a população, entre os quais se destacam fatores
ambientais, populacionais, econômicos, territoriais e culturais. Assim, é dever
da população estudar os projetos apresentados pelo governo para que seja
adotada a melhor opção de co-relação entre as pessoas e os responsáveis pela obra, ou seja, não interferindo nas atividades rotineiras
que envolvem economia, trabalho, modo de viver e cultura.
Por que precisamos de Belo
Monte? Essa construção não trará benefícios para os residentes do Xingu. Quem
terá o lucro, serão os políticos e empresários por trás da construção, serão os
donos de indústrias do Sul e Sudeste, pois para lá que a energia irá. Os
ribeirinhos perderão suas casas, a terra em que sempre viveram e sua forma de
sustento. Serão forçados a trabalhar nas obras, com péssimas condições, pois é
assim que trabalhadores braçais são valorizados no Brasil. A energia será
gerada, mas só porque o modelo econômico em que vivemos a requer. O crescente
consumismo continua gastando, em vão, os recursos do nosso planeta, até que não
sobre nenhum.
É importante destacar que a
área na qual a construção foi planejada ocupa aproximadamente 516km², em plena
Floresta Amazônica, o que pode implicar em uma maior devastação ecológica e até
mesmo alterar o ciclo natural desse meio. Mas o que realmente preocupa a
sociedade é a reserva ambiental do Xingu, onde há uma considerável população
indígena, além dos animais silvestres que seriam afetados por essas mudanças.
Deve-se considerar também que essa construção influenciará no rendimento mensal
da população ribeirinha, prejudicando a agricultura local. Portanto, para que
não haja conflitos entre a os povos locais e os responsáveis pela construção da
usina, devem ser criados programas de
reestruturação da região que promovam vantagens para elas também, como maior
desenvolvimento econômico.
O investimento para essa
construção é de aproximadamente R$19 bilhões de reais (correspondendo a dezenove
vezes que o orçamento paranaense). Mas a Usina de Belo Monte será a terceira
maior do mundo, ficando atrás somente da Usina de Três Gargantas (China) e da
Usina de Itaipu (Brasil e Paraguai) e isso demonstra que o Brasil cresce não só
em termos econômicos, mas também em meios de sustentabilidade e potencialidade
energética. Alguns integrantes da
população ribeirinha possuem própria renda resultante da agricultura, mas tem
um péssimo saneamento e uma má qualidade escolar. Com a construção da usina, haverá
possibilidades de melhoria das condições de vida e da educação. Após avaliar esses fatores o IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) autorizou a
construção, conscientes que prejudicará as condições bióticas da região, porém
haverá planos de estabilizar os danos feitos à população e ao território.
Deveríamos deixar de ser
consumistas? Deveríamos parar o desenvolvimento e assim limitar a necessidade
energética? Deveríamos buscar fontes alternativas? Qualquer que seja a resposta
para essas perguntas, o Brasil precisa da energia hoje. Belo Monte irá inundar
menos de 0.01% da Amazônia, enquanto muito mais é desmatado ilegalmente todos
os dias. Essa perda será por uma boa causa, porque a terceira maior usina
hidrelétrica do mundo é necessária hoje, e será imperativo amanhã.
Com tudo isso, percebe-se
que o projeto da Usina de Belo Monte ainda acarretará muitas discussões e avaliações
cautelosas sobre o assunto. Como cidadãos, devemos rever os fatores que
envolvem tal projeto: Prejuízos à população ribeirinha; Mudanças no ecossistema
local, afetando os animais silvestres; Necessidade de energia no futuro;
Melhoria nas condições de vida local. O governo deve tomar a decisão correta. E
para isso, devemos mostrar nosso opinião.
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