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7 de agosto de 2012

Brasil é o melhor para investimentos em energia limpa na AL

Brasil é o melhor para investimentos em energia limpa na AL

Estudo do BID rotula país como "uma grande oportunidade" para melhorar as condições e atrair mais capital em energia de baixas emissões de carbono e renováveis

 Brasil (Foto: Shutterstock)


O Brasil é o país mais atrativo, entre os países da América Latina e do Caribe, para investimentos em energias limpas, aponta um estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (18/06) por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
O estudo, denominado "Climascopio", foi elaborado pelo Fundo Multilateral de Investimentos (Fomin), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em conjunto com Bloomberg New Energy Finance, que farão a apresentação oficial para investidores amanhã no Rio de Janeiro.
O "Climascopio", que também aponta Nicarágua e Panamá como boas economias para esse tipo de investimento na região, analisa 26 países da região e avalia sua capacidade para atrair capital destinado a fontes de energia baixas em carbono no contexto da mudança climática e de construção de uma economia mais verde.

Para isso, utiliza 30 indicadores que medem a capacidade de cada país para atrair capitais que ajudem a construir uma economia mais verde utilizando pontuações que vão de 0 a 5, sendo 5 o melhor ambiente de investimento.
O Brasil obteve 2,64%, o que indica "uma grande oportunidade" para melhorar as condições para atrair mais capital em energia de baixas emissões de carbono e renováveis, segundo o relatório.
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Os países se classificam com base em quatro parâmetros: ambiente propício para o investimento; investimento em energias limpas e financiamento para projetos de baixo carbono; negócios de baixas emissões de carbono e cadeias de valor de energia limpa, e atividades de gestão de gases do efeito estufa.
Atrás do Brasil ficaram a Nicarágua, com 2,13 pontos, o Panamá (1,97), o Peru (1,73), o Chile (1,72), o México (1,67), a Colômbia (1,63), a Costa Rica (1,47), a Guatemala (1,45), e o Uruguai (1,38).
A Venezuela, cuja economia se baseia na produção e exportação de petróleo, é um dos menos atrativos para os investimentos em economias limpas, com 0,37 pontos que a situam em penúltimo lugar, só à frente do Suriname, que obteve 0,29 pontos.
A Argentina recebeu 1,32 pontos, seguida por Honduras (1,28), El Salvador (1,19), Equador (1,14), República Dominicana (1,07) e Jamaica (1,02).
Com menos de um ponto, além da Venezuela e do Suriname ficaram o Belize (0,99), Paraguai (0,86), Bolívia (0,84), Barbados (0,58), Bahamas (0,54), Haiti (0,44), Trinidad e Tobago (0,42) e Guiana (0,38).
"América Latina e Caribe contam com extraordinários recursos de energia renovável e a maior parte da região experimentou um forte crescimento econômico nos últimos anos, mas o setor local de energia de baixo carbono está apenas começando a despertar interesse", afirma o texto.
Segundo o "Climascopio", os projetos de energia de baixo carbono atraíram no ano passado para a América Latina menos de 5% dos 280 bilhões de dólares investidos nesse setor no mundo todo.
"Esperamos que a combinação única de informação que o 'Climascopio' proporciona sobre as finanças, políticas e oportunidades de mercado tenha benefícios reais para facilitar o investimento verde na América Latina e no Caribe", disse a gerente geral do Fomin, Nancy Lee, citada em comunicado.
O estudo assinala que o investimento acumulado em energias limpas na América Latina e no Caribe entre 2006 e 2011 ascendeu a 90 bilhões de dólares, 80% tendo como destino o Brasil. EFE





http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2012/06/brasil-e-o-melhor-para-investimentos-em-energia-limpa-na-al.html

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